domingo, 3 de maio de 2009

O açúcar é o verdadeiro responsável pelas cáries?




A cárie dentária é uma doença que resulta da combinação de uma série de factores. Os alimentos que contêm açúcar e amidos são facilmente transformados, pelas bactérias que vivem na nossa boca, em ácidos que destroem os dentes. É deste modo que se formam os dolorosos buracos, as conhecidas cáries. Há, no entanto, que ter em conta que o efeito destes alimentos sobre os dentes depende de uma série de factores que não podem ser esquecidos, como o tempo que estes alimentos permanecem na boca e estão em contacto com os dentes; a frequência com que os consumimos, as suas características físicas (por exemplo, se têm tendência a ficar colados aos dentes), as ocasiões em que os comemos (se temos oportunidade de lavar os dentes após o seu consumo) e também factores relacionados com as características da pessoa, como o seu tipo de saliva. Os especialistas afirmam que a prevenção deve começar por uma ingestão adequada de flúor e por uma regular e correcta limpeza dos dentes, que deve incluir uma boa escovagem e a utilização de fio dental.Costuma-se dizer que o principal inimigo dos dentes não é outro senão a preguiça!

O que faz um alimento ser mais cariogénico do que outro?

O potencial cariogénico de um alimento (a sua capacidade de conduzir à produção de ácido na boca) depende de vários factores:
• a frequência do consumo;
• o tempo que fica retido na boca;
• as suas características (aderência, textura, dureza);
• o contexto alimentar em que é consumido;• factores individuais de quem consome: quantidade e composição da saliva, etc.

Como prevenir as cáries?
• consumir flúor (presente nos alimentos e bebidas, na água das torneiras e nas pastas de dentes);
• no caso de não se poder ter uma higiene oral adequada, evitar os alimentos ricos em hidratos de carbono;
• reduzir as bactérias produtoras de ácido (que destroem o esmalte), através de uma boa higiene oral.

Açucar e Beleza...


O açúcar é um óptimo aliado para manter a beleza da pele!

Actualmente há uma mão cheia de produtos exfoliantes à venda no mercado. Mas existem, também, receitas caseiras, onde o açúcar é o ingrediente principal.
A exfoliação é um procedimento muito importante para a pele do corpo e rosto e deve ser feita 1 vez por semana ou de 15 em 15 dias. Ao ajudar a pele a libertar-se das células mortas que se acumulam à superfície da epiderme, a exfoliação surge como um gesto libertador que liberta a epiderme de tudo o que a asfixia.

MÁSCARA EXFOLIANTE PARA O CORPO (pele seca):
Ingredientes: -Açúcar Branco Granulado; Creme de corpo hidratante e Óleo de amêndoas doces.
Modo de utilização: Junte os 3 ingredientes de forma a criar uma pasta. Esfregue por todo o corpo em movimentos circulares e delicados (dedique especial atenção à zona dos cotovelos, pés ou outras, com tendência a ficarem ásperas). Enxague , preferencialmente, com água fria e abundante. Se preferir, depois do banho, hidrate a pele. Atenção: Utilize esta receita apenas no corpo. A pele do rosto é muito delicada e sensível, logo devem ser utilizados exfoliantes mais finos e delicados nesta zona.
MÁSCARA EXFOLIANTE PARA AS MÃOS:
Ingredientes: 2 colheres (chá) de mel e 1 colher (chá) de Açúcar Branco Granulado.
Modo de utilização: Misture o açúcar e o mel e faça uma massagem durante cinco minutos no dorso, na palma das mãos e ao longo dos dedos. Depois, enxague cuidadosamente. Repita o procedimento uma vez por semana. O mel e o açúcar deixam a pele das mãos mais macias.

BENEFÍCIOS DA EXFOLIAÇÃO:
- Activa a circulação;
- Deixa pés e mãos sedosos;
- Ajuda a manter o bronzeado mais uniforme e por mais tempo;
-Exfoliar é uma dica para quem quer manter um bronzeado muito mais bonito, por muito mais tempo;
- É uma bênção para quem tem pêlos encravados, sendo ideal exfoliar a pele das pernas e virilhas, por exemplo, antes de depilar, mas nunca depois da depilação (quando a pele fica ultra sensível e pode sofrer irritações).

As aplicações do Açucar

Na área da produção alimentar
O açúcar, para além de ser o adoçante por excelência, desempenha também outras funções que, embora menos conhecidas, o tornam um ingrediente importante na confecção alimentar. A sua capacidade para dar cor e paladar, e o seu contributo na textura, consistência, conservação e fermentação dos alimentos, são propriedades que outros adoçantes não conseguem alcançar.
Eis aqui algumas das suas principais funções na cozinha:
• Para adoçar:
O açúcar dá um sabor doce imediato aos alimentos. O açúcar é o adoçante de referência.
• Para conservar:
O açúcar ajuda a travar o desenvolvimento de microrganismos, porque imobiliza as moléculas da água que as bactérias, o fermento ou o bolor necessitam para crescer. Esta propriedade faz do açúcar um importante agente na preservação de compotas e outras conservas, mas também de bolos, impedindo que estes sequem e se tornem “velhos”.
O açúcar também actua como antioxidante. Protege a fruta em conserva de oxidar e limita a tendência das gorduras usadas na pastelaria ficarem rançosas. O açúcar, em si, conserva-se durante muito tempo, quando em condições normais de ambiente.
• Para dar cor:
O açúcar está na base do processo de caramelização que produz sabores e graus de cor muito específicos em bolos e bombons.
• Para modificar sabores:
Usado em pequenas quantidades, o açúcar pode atenuar ou intensificar sabores. Os sabores salgado, amargo e ácido são reduzidos com a aplicação de açúcar. É, por exemplo, o caso da maionese, de produtos à base de tomate e de frutos como groselha e toranja.
• Para dar textura:
Na pastelaria, o açúcar é essencial para dar diferentes texturas aos alimentos confeccionados. O açúcar interage com água, fermento e farinha, desempenhando um papel importante na consistência dos produtos durante a cozedura, na sua densidade, cor e aparência. Dependendo da quantidade utilizada e do tamanho dos cristais (daí haver açúcar com tamanhos de granulado diferentes) podem obter-se diferentes efeitos no produto final.
Na confeitaria, a capacidade do açúcar cristalizar e se dissolver em temperaturas diferentes e com quantidades variáveis de água, permite adquirir uma grande variedade de estruturas. Por exemplo, a textura do chocolate só é possível através da mistura do açúcar com a manteiga de cacau. Nas mousses, é a ligação do açúcar com as claras de ovo que proporciona a estabilidade desta sobremesa.
• Para dar consistência:
Nas bebidas e nos gelados, a viscosidade do açúcar dissolvido dá uma consistência agradável na boca. Nos iogurtes, a consistência é promovida através da acção especial do açúcar nas proteínas do leite.
• Para influenciar processos culinários:
O açúcar tem também propriedades que o tornam um agente activo em alguns processos culinários:- É um excelente substrato para muitas fermentações, acelerando o seu processo (ex.: a massa dos folares, bebidas);- Acelera o tempo de cozedura;- Na congelação, retarda o tempo a que congelam os alimentos, impedindo, por exemplo no caso dos gelados, que se formem demasiados cristais de gelo.

Fora da área alimentar, o açúcar tem ainda uma série de utilizações interessantes:
- na produção de colas e cimentos
- no fabrico de tintas- no tratamento de peles
- na composição de muitos produtos farmacêuticos
- ajuda a curar feridas- é usado para produzir penicilina
- se adicionado à água, ajuda a manter as flores frescas durante mais tempo
- é o ingrediente que faz o vidro utilizado no cinema nas cenas de duplo.

O que é o Açucar?


O açúcar faz parte da família dos hidratos de carbono, representando estes uma importante fonte de energia alimentar.É constituído apenas por hidratos de carbono, isto é, 1g de açúcar = 1g de hidratos de carbono. Um hidrato de carbono é constituído por duas moléculas:
- 1 MOLÉCULA DE GLICOSE + 1 MOLÉCULA DE FRUTOSE = Sacarose e/ ou açúcar de mesaDas duas moléculas que constituem a sacarose, a glicose é a mais importante, por ser a principal fonte de energia do nosso organismo. É transportada pela corrente sanguínea e é usada pelo organismo como fonte de energia, sendo essencial para o funcionamento do cérebro.
A sacarose, também chamada açúcar, como todos nós conhecemos, é gerada por todas as plantas verdes através da fotossíntese. É o combustível que as plantas utilizam para viver e crescer.O açúcar existe em abundância na natureza: em muitas árvores, em quase todas as frutas, nas raízes, folhas e caules das plantas, nas flores e em produtos animais (leite). Os seres vivos precisam dele como fonte de energia rápida para o seu crescimento.As duas principais fontes de açúcar são a cana-de-açúcar e a beterraba açucareira, por serem estas as plantas que mais quantidade de açúcar conseguem armazenar. O processo de extracção do açúcar destas duas plantas açucareiras não altera este produto natural, apenas lhes retira o suco, transformando-o em cristais, por ser esta a forma em que o açúcar melhor se conserva e se adapta à utilização que o ser humano lhe faz.
Curiosidades:
• A palavra “AÇÚCAR” tem uma etimologia indiana. É certamente o termo do sânscrito “sarkara” que deu origem a todas as versões da palavra açúcar nas línguas indo-europeias: sukkar em árabe, saccharum em latim, zucchero em italiano, seker em turco, zucker em alemão, sugar em inglês, etc.• Geralmente associado ao prazer, o sabor doce é o único que não é rejeitado pelos recém-nascidos.

História do Açucar!!!

SÉCULO VI a.C.
Antes de existir açúcar, tal como hoje o conhecemos, existiam apenas duas fontes de sabor doce no mundo: o mel e a cana.
A cana é cultivada já desde a Antiguidade. Terão sido os povos das ilhas do Sul do Pacífico, por volta do ano 20.000 a.C., a descobrir as propriedades desta planta, que crescia espontaneamente nas suas terras. Foi na Nova Guiné que a cana foi pela primeira vez cultivada. A partir desta zona, a cultura estendeu-se depois a outras ilhas vizinhas, como as Fiji ou a Nova Caledónia. Mais tarde, a cana-de-açúcar terá prosseguido a sua viagem e chegado a outros países, como as Filipinas, a Indonésia, a Malásia ou a Índia. Foram os Indianos, aliás, o primeiro povo a extrair o suco da cana e a produzir, pela primeira vez, açúcar “em bruto”, baptizado com o nome gur, por volta de 500 a.C..
Os segredos da produção de açúcar espalharam-se aos poucos por toda a região do Médio Oriente. Os Árabes aprenderam com os Persas a produzir açúcar sólido e foi desta forma que, por volta do século III a.C., se estabeleceram verdadeiras “rotas do açúcar”, com caravanas a fazer o transporte entre os países asiáticos e africanos.
Mais tarde, vieram as Cruzadas. Motivados por uma causa religiosa, os Europeus viajaram até países longínquos... no regresso trouxeram alguns conhecimentos novos. Descobriram a cultura da cana-de-açúcar e introduziram-na na Grécia, em Itália e nalgumas regiões de França. No entanto, o sucesso não foi grande... o clima não era o mais adequado e o Oriente continuou a ser o maior fornecedor de açúcar do mundo ocidental. Nesta altura, eram os mercadores venezianos os principais intermediários deste comércio: em Alexandria compravam o açúcar proveniente da Índia, fazendo-o depois chegar ao resto da Europa.
Durante centenas e centenas de anos o açúcar foi, assim, considerado uma especiaria extremamente rara e valiosa. Apenas nos palácios reais e nas casas nobres era possível consumir açúcar. Vendido nos boticários (as farmácias de então), o açúcar atingia preços altíssimos, sendo apenas acessível aos mais poderosos.
SÉCULO XV e XVI
No início do século XV deu-se uma viragem importante na história do açúcar. O infante D. Henrique resolveu introduzir na Madeira a cultura da cana. O projecto correu bem e, em breve, Portugal estaria a vender açúcar ao resto da Europa. Por outro lado, com a passagem do cabo da Boa Esperança, os Portugueses passaram a viajar para a Índia com bastante regularidade. Nesta época, os Portugueses tornaram-se, assim, os maiores negociantes de açúcar, e Lisboa a capital da refinação e comércio deste produto.
Normalmente associa-se o açúcar a um produto de origem sul-americana. No entanto, terá sido apenas na altura dos Descobrimentos que a cana fez a sua viagem até este novo continente. Foi Cristóvão Colombo o intermediário desta viagem, tendo levado alguns exemplares de cana-de-açúcar provenientes das Canárias para plantar em S. Domingos, a actual República Dominicana. A cultura de cana encontrou no novo continente excelentes condições para se desenvolver, e não foram precisos muitos anos para que, em praticamente todos os países recém colonizados, os campos se cobrissem de cana-de-açúcar.
Os navegadores portugueses apostaram nos solos férteis das terras brasileiras para instalar plantações gigantescas de cana e... a aposta foi ganha! Os solos eram férteis, o clima o mais adequado e o sucesso foi tal que, por volta de 1580, existiam no Brasil cerca de 115 engenhos, a funcionar com a mão-de-obra de 10 000 escravos. Por ano, a produção atingia as 200 000 arrobas, ou seja, cerca de 3000 toneladas. Nesta época, na Europa, o açúcar era um produto de tal maneira cobiçado que foi apelidado de “ouro branco”, tal era a riqueza que gerava.
SÉCULOS XVIII ao XX -Em 1747, um químico alemão chamado Andreas Marggraf desenvolveu uma alternativa ao açúcar de cana, conseguindo, pela primeira vez, produzir açúcar cristalizado a partir de suco extraído de raízes de beterraba. A história da produção de açúcar dava assim um novo passo e, aos poucos, o açúcar de beterraba iria tornar-se a principal fonte de açúcar no continente europeu. O açúcar de beterraba continua o seu caminho...Longo seria ainda o caminho a percorrer por este “novo açúcar”... O discípulo de Marggraf, Franz Carl Achard, instala, em 1796, a primeira refinaria de açúcar de beterraba da Europa. O açúcar obtido não tinha, no entanto, a qualidade desejável, sendo ainda bastante caro. Mais tarde, durante as invasões napoleónicas, a nova indústria teve finalmente a oportunidade que precisava para se desenvolver e aperfeiçoar, começando assim a concorrência entre o açúcar de cana e o açúcar de beterraba.
A Primeira Guerra Mundial trouxe graves problemas. Os bombardeamentos destruíram muitas das refinarias de açúcar de beterraba europeias e foram grandes as dificuldades em obter mão-de-obra e matérias-primas. No entanto, bastaram alguns anos para a produção recuperar. Em 1920, a produção de açúcar de beterraba corria tão bem que se gerou uma crise e os preços acabaram por cair. Em 1937 realizou-se um acordo para regular o mercado de açúcar e foi criado o Conselho Internacional do Açúcar; em 1968 viria a nascer o mercado comum do açúcar, que tornou a Comunidade Europeia o maior produtor de açúcar de beterraba do mundo.
ACTUALMENTE
Hoje, entre 111 países produtores de açúcar, 73 cultivam cana-de-açúcar e fornecem 3/4 da produção mundial de açúcar. O maior produtor é o Brasil, seguido pela Índia e por Cuba. O açúcar tornou-se um alimento comum à dieta de todos os países, constituindo uma fonte de energia de fácil e rápida assimilação. Consumido com moderação contribui para uma dieta equilibrada, proporcionando um sabor agradável aos alimentos. Para além disso, o sabor doce é um dos mais apreciados pelo ser humano, o que torna o açúcar um dos alimentos capazes de oferecer momentos de bem-estar e de prazer.
Portugal tem uma quota de produção de 360 mil toneladas de açúcar por ano, das quais cerca de 275 mil são consumidas.